Para Heráclito, a guerra é pai de todas as coisas. O devir se realiza por meio de uma contínua passagem de um contrário ao outro. Daí, parecer que a guerra é o que regula o mundo. Isto é verdade, mas muito superficial, ou seja, sob o antagonismo dominante, pode-se perceber uma lei de harmonia, porque as coisas em oposição, para existir, precisam umas das outras. “Entre os opostos há uma guerra constante, mas também uma secreta harmonia, uma mútua necessidade: não existiria saúde sem doença, saciedade sem fome. Dito de outra forma: não pode existir uma subida que, ao mesmo tempo, de um outro ponto de vista, não seja também uma descida”.
Para Maquiavel, a moderação é necessária, mas a bondade sistemática compromete a ordem da sociedade, produzindo danos maiores do que o uso da violência. “Certamente, o ideal, para o príncipe, seria ser ao mesmo tempo amado e temido, mas na prática as duas coisas não são facilmente conciliáveis. Quem governa o Estado, portanto, deve decidir a cada vez com base na oportunidade. Em todo caso, o que não deve fazer é submeter as práticas de governo às normas que regem a ética individual”.
Para Voltaire, o fanatismo é uma apologia da alma e, portanto, não deve se combatido. Enfrentar um fanático, fazendo-o entender, pela lógica, a inconsistência de suas teses, é perda de tempo e pode agravar o mal. “Superstição e preconceitos não podem ser desmentidos com argumentações lógicas, porque não nascem no terreno da razão. Resta a risada como único remédio nos casos extremos, o gracejo capaz de desmontar a agressividade. Mas isso nem sempre é possível e permanece sem resposta o problema que conclui o trecho: o que fazer quando um fanático tenta degolar-vos porque está convencido de que esta é a vontade de Deus?”
Para Kant, a paz mundial de todas as nações do mundo só seria possível se estas se reunissem numa federação unitária de Estados livres e instaurasse um direito internacional fundado numa constituição liberal no nível planetário. “Apesar da impossibilidade de eliminar o antagonismo presente nas relações humanas, a paz perpétua e a coexistência pacífica entre os povos são possíveis e realizáveis desde que se estendam no nível internacional os princípios de justiça social elaborados pelas constituições em vigor nos Estados liberais”.
Para Hegel, criticando Kant, nunca poderia existir uma república da humanidade, posto que não existe um espírito da humanidade, mas somente um espírito dos povos. Acha que “A soberania política deve residir exclusivamente no estado nacional, e dado que as nações, entre si, se encontram numa condição natural, de ausência de qualquer forma de contratualidade recíproca, resulta que a guerra continua sendo o único modo de resolver as divergências. Todavia, não somente a guerra é inevitável; ela também é necessária à saúde espiritual dos povos, cuja união (autoconsciência) se fortalece definindo-se por oposição ao inimigo”.
Para Freud, a agressividade deve ser inclusa entre os dons instintivos do homem – e, portanto, não elimináveis. “O desenvolvimento da civilização certamente impôs um autocontrole cada vez maior, fazendo com que o indivíduo moderno consiga vigiar sua própria conduta de modo muito mais rígido do que no passado. Tudo isso, porém, não é fruto de um crescimento geral, de uma mutação do homem em sentido pacifista, mas de pura e simples auto-repressão interior”.
Uma das expressões que me tocaram, sendo associada a figura do grande Paul Harris, fundador do Rotary, foi a expressão "paz é igualdade", o que me remete muito a questão do Ubuntu, uma filosofia ou conjunto de valores éticos nascido na África gerações e gerações antes de nós.
"Reza a lenda sobre uma brincadeira que teria sido
promovida por um antropólogo durante suas pesquisas
numa tribo africana. Diz a história que ele havia deixado
debaixo de uma árvore um bonito cesto de doces comprados
na cidade. Então, ele chamou as crianças e propôs uma
corrida até as guloseimas. Quem chegasse primeiro ficaria
com o prêmio. Mas, para sua surpresa, quando ele disse
“já!”, todas as crianças se deram as mãos e saíram
correndo em direção à arvore dos doces. Quando chegaram
lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem,
felizes. O antropólogo, então, perguntou por que elas
tinham ido todas juntas se uma só poderia ter ficado com
tudo e, assim, comeria muito mais doces. E as crianças
simplesmente responderam: “Ubuntu, tio. Como uma de
nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem
tristes?”
Segundo esta expressão, a paz virá somente quando
realmente conseguirmos atender as necessidade básicas de
toda a população mundial (saúde, alimentação, educação,
cultura, etc.).
Após ler esta expressão sobre a paz escrita por Paul Haris
me deparo com Gandhi a minha frente, dizendo pura e simplesmente..."Não existe um Caminho para a PAZ.
A PAZ é o Caminho"...e, depois de tomar esta "chapuletada" me vem Sidarta, ou como queiram chamar, buda e me solta "A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta"...
Ok! Tudo bem, "a paz é o caminho...ela ta dentro da gente e se quisermos a paz no mundo temos que encontra-la dentro de nós" E...td bem, acho q entendi, mas o que é a paz?
Para descobrir este grande enigma do universo prontamente fui consultar um dos maiores oráculos modernos, o (ou a) wikipedia, que trouxe a seguinte resposta
"Paz é geralmente definida como um estado de calma ou
tranquilidade, uma ausência de perturbações agitação.
Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à
ausência de violência ou guerra. Neste sentido, a paz entre
nações, e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas
organizações, designadamente a ONU.
No plano pessoal, paz designa um estado de espírito isento
de ira, desconfiança e de um modo geral todos os
sentimentos negativos. Assim, ela é desejada por cada
pessoa para si próprio e, eventualmente, para os outros, ao
ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz
esteja contigo) e um objetivo de vida."
Como estudioso da ciência, acredito na Ciência da Paz, não desconsiderando algumas visões de pensadores antigos, mas entendendo que suas percepções de mundo vinham das suas experiências decorrentes em suas vidas, mas sem o acesso a certos conhecimentos que temos hoje, como a física quântica, que esta mostrando o universo de possibilidades e de capacidades que existem nesta roupa a que chamamos corpo e que a vestimos durante o decorrer de toda esta experiência a qual chamamos vida.
Mas sugiro, e acredito que esta seja a parte mais importante deste texto, que você, por alguns minutos desconsidere toda e qualquer descrição, visão percepção sobre o que é a paz.
Pense, reflita, o que é a Paz para você, como ela se manifesta , como consegue percebe-la, em sua vida, de que forma ela esta ou não associada as suas crenças?
Mais do que isto...sinta-a...
Feche seus olhos, sinta seu corpo, perceba como ele responde a este questionamento...sinta a inteligência corporal lhe mostrando a paz...respire...
E descubra, livre de qualquer conceitos, livre de palavras, terminologias...qual é a "Sua Paz" =)
Um lindo por do Sol a todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário