quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A invasão ao Instituto Royal e a nova tendência da sociedade

A crise pela qual a própria ciência passa hoje é apenas mais um reflexo de como a consciência da sociedade está atingindo um nível onde não percebe mais como admissível o uso de determinadas técnicas  (utilizar outras formas, comprometendo sua integridade física e psicológica, quando não a vida, em prol da espécie humana) . 

Muitos já pensam assim há anos e o número de adeptos deste tipo de pensamento aumenta a cada dia. Somando isto ao atual retrospecto mundial da crise nas diferentes esferas, acabam por tornar previsíveis situações como as que o Instituo Royal está passando.

Não podemos dizer que isto é bom ou ruim. Em alguns microcosmos podemos presenciar ônus (dentro de uma cosmovisão humana), em outros, bônus (principalmente se considerarmos o ponto de vista  de outras formas de vida, mas não necessariamente).

De qualquer forma, não podemos tratar o caso deste instituto como algo isolado, situações como esta são parte de uma nova tendência que só tende a crescer.

Inevitavelmente, com o crescimento destes movimentos e a imagem cada vez mais evidente de a que sociedade começa a perceber que tal prática é inadmissível, a procura de produtos que não façam este tipo de testes irá aumentar mais a cada dia. Com isto, as instituições de pesquisa bem como as empresas, em função do aumento da procura por produtos que tragam esta característica, organicamente vão tratar por encontrar outras formas de desenvolvimento científico, ou, se já procuram, vão começar a dar mais enfase nisto.

Podemos argumentar e dizer que outras espécies, de uma forma ou de outra, se comportam assim, como pulgões que são "escravizados" por formigas entre outros exemplos. Porém o fato é que tal comportamento não cabe mais dentro da nova consciência que a nossa espécie está desenvolvendo.

Em função da crise, a ciência está, neste momento, começando a sentir estes reflexos. 

A necessidade de sair de sua "zona de conforto".

Se hoje argumenta-se que não é possível desenvolver medicamentos sem testes em animais, eu garanto que, com o rompimento desta zona de conforto pelo qual a ciência está passando, não demorará muito para que em breve apareçam tecnologias para tal.

1 ano, 2...uma década... ou bem mais rápido que isto.

O que se sabe é que vão aparecer, inevitavelmente, e que todo o movimento coletivo que está se formando contra as empresas que testam em animais são reflexos e ao mesmo tempo, criadores desta nova tendência científica que aparecerá.

Pode-se julgar isto como bom ou ruim, mas o que não se pode é "nadar  contra a corrente" da própria tendência...é um movimento natural, ao qual toda nossa espécie está submetida. 

Por mais que vejamos muitos conflitos ainda ocorrendo no mundo e muita gente ainda "alienada" a estes temas, a tendência natural  é a de que tornemos as nossas relações mais harmoniosas com o meio...

O aumento do números de adeptos do vegetarianismo, o aumento da preocupação com a qualidade do alimento, a procura pelos orgânicos, seja para a saúde humana ou "da terra", o crescimento dos movimentos que visam resgatar e valorizar conhecimentos antigos, de povos quilombolas e de outras comunidades tradicionais..

A própria moda da bike...parece algo "bobo", mas que é uma expressão de como a sociedade está começando a se tornar mais consciente da sua ação no mundo.

Como todo fluxo de expansão, ou Yang, naturalmente em muitos pontos estas tendências podem estar sendo expressadas com relativa "superficialidade", o que leva a aparentes contradições.Consequentemente, ao longo do tempo,depois de passar pelo processo de contração, ou Yin, estas contradições tendem a diminuir, tornado os movimentos mais efetivos e coerentes em suas ações.

Não podemos renegar algo que é inevitável...é a natureza da vida, do universo..

O constante movimento, a constante mudança.

Não precisamos apoiar, ou questionar

Precisamos compreender e assumir que é inevitável, e começar a trabalhar dentro deste novo fluxo.

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